Durante muito tempo, principalmente na época dos nossos pais, a melhor forma de se garantir um futuro financeiro próspero para os filhos era abrindo uma caderneta de poupança para eles. Esse era um dos melhores investimentos da época, uma vez que rendia um valor satisfatório mensalmente, além de ser um investimento considerado seguro.
Contudo, nós sabemos que a realidade hoje é outra. Investir em uma poupança para os filhos, apesar de ainda ser uma opção sem incidência de tributos, está longe de ser a melhor escolha.
É importante ter uma quantia reservada para garantir uma boa base financeira quando os filhos crescerem, seja para comprar um carro, bancar a faculdade, aquisição de um imóvel, entre outros.
Para te ajudar a atingir esse objetivo, confira abaixo a lista com os principais investimentos que, atualmente, podem trazer os melhores retornos financeiros e farão com que seu dinheiro renda mais para os seus filhos do que uma simples poupança. Continue a leitura!
1. Tesouro Direto
Plataforma onde os títulos públicos são negociados. Para comprar um título público, é necessário se cadastrar na plataforma e ter or abrir uma conta em uma corretora.
Esses títulos funcionam como um contrato de empréstimo, ou seja, você está emprestando dinheiro ao governo e receberá juros durante o tempo que esse dinheiro continua emprestado.
O risco deste investimento é baixo, visto que o emissor dos títulos é o próprio governo federal. Isso o torna um dos melhores investimento para quem prefere não se arriscar muito.
- Tesouro Prefixado(LTN): são títulos com taxa de juros fixada no momento da compra, isso significa que você saberá exatamente seu retorno ao final do investimento.
- Tesouro Selic (LFT): os rendimentos desse título vão variar de acordo com a oscilação da Taxa Selic (taxa básica de juros no Brasil).
- Tesouro IPCA+(NTBN): opção intermediária com uma parte fixa(LTN) e outra variável vinculada ao IPCa(LFT).
2. CDB
O Certificado de Depósito Bancário é um tipo de empréstimo para pessoas físicas aos bancos, ideal para quem tem até R$ 999 para aplicar.
Nesta aplicação você empresta seu dinheiro à uma instituição e recebe os juros do empréstimo enquanto o banco utiliza o recurso para emprestá-lo a clientes.
Os juros do CDB são em grande parte, pós-fixados, ou seja, mudam com a variação da taxa, da mesma forma que o Tesouro Selic e o Tesouro IPCA+. Na aplicação CDB, a variação está associada com a taxa de CDI (calculada com a média de todas as taxas de negociação utilizadas pelos bancos).
A vantagem do CDB é que, além de ser um investimento seguro, ele pode ser feito diretamente com o seu banco e pode render até o dobro comparado a caderneta de poupança.
3. Mercado Imobiliário
O mercado imobiliário sempre foi e continua sendo uma ótima opção de investimento. Comprar um imóvel na planta, por exemplo, em uma boa localização, pode garantir uma alta valorização do seu dinheiro quando o imóvel estiver pronto, permitindo uma venda por um valor maior do que você pagou.
Outra forma de investir é apostando em locais prontos para alugar e ganhar mensalmente o valor do aluguel. Caso você não consiga quitar o imóvel de imediato, uma opção é fazer um financiamento do local e alugá-lo para ajudar a pagar as prestações.
Se você se planejar bem, quando seus filhos estiverem maiores, seu imóvel pode estar totalmente quitado e dessa forma, eles poderão morar nele ou vender para investir em algum outro bem.
Outra opção é investir em fundos imobiliários, ou seja exclusivamente em empreendimentos imobiliários e/ou imóveis prontos.
4. LCI e LCA
As LCIs, Letra de Crédito Imobiliário, e as LCAs, Letra de Crédito do Agronegócio, são títulos emitidos pelos bancos para financiar o mercado imobiliário (LCI) e a cadeia do agronegócio (LCA).
O rendimentos desses dois investimentos é melhor do que o CDB e com a mesma segurança, uma vez que eles são garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Porém, cada banco tem uma estratégia diferente e portanto o rendimento pode variar de acordo com cada instituição.
Os dois títulos têm isenção de imposto de renda como uma forma de o governo incentivar o crédito nesses setores.
Para fazer um investimento nesses títulos, o mínimo é R$ 1.000, podendo manter esse dinheiro investido por um longo prazo (o que não seria um problema, caso o objetivo do investimento seja para o futuro dos filhos).
5. Fundos de Renda Fixa
Os fundos de renda são utilizados para realizar aplicações de diversos tipos com um aporte menor.
Geralmente um administrador junta o dinheiro de um grupo de investidores (de perfil similar), faz as aplicações de acordo com o estatuto ou a partir de uma análise do mercado.
Os fundos acabam sendo uma boa opção, pois você consegue ter diversos investimentos, porém com o conforto de ter um profissional especializado cuidando das suas aplicações.
O dinheiro investido nos fundos de renda fixa é utilizado para comprar ativos desse tipo, com isso você tem uma carteira de investimentos diversificada de forma eficiente.
Contudo, isso tem um preço. É necessário pagar uma taxa administrativa à empresa detentora do fundo. Normalmente as taxas não são baixas, e podem variar de acordo com o fundo escolhido, mas esse valor pode ser recompensado rapidamente dependendo da rentabilidade.
É crucial pesquisar bem e escolher fundos que tiveram melhores resultados no passado, mesmo que isso não seja garantia de um bons resultados no futuro, pois esses fundos têm um histórico de uma boa gestão.
6. Previdência Privada
Os planos de previdência privada são uma ótima alternativa para quem está procurando uma aplicação a longo prazo. Eles são oferecidos por bancos, seguradoras e gestoras de fundos, podendo ser encontrados em duas modalidades: Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).
O PGBL é ideal para quem faz a declaração de imposto de renda completa. O VGBL por outro lado, só irá cobrar imposto em cima dos rendimentos que você tiver, assim, ainda há planos com contribuição regressiva, em que o imposto de renda pode descer para 10% após 10 anos, o que é excelente para quem pensa no investimento a longo prazo.
É bom ficar atento às taxas de administração (parecidas com as taxas pagas nos fundos de renda fixa) e de carregamento (que incide no momento que você faz o aporte e que pode “comer” grande parte do seu investimento).
7. Bolsa de Valores
Finalmente, a bolsa de valores é a opção para os investidores mais “aventureiros”. Investir na bolsa um pouco mais arriscado que os outros tipos de investimentos, pois é uma aplicação do tipo renda rentável. Ao mesmo tempo a bolsa pode trazer retornos bem maiores que os outros tipos de investimentos.
Existe a opção de investir por meio de fundos de ação, parecidos com os de renda fixa, porém aplicando a maior parte do dinheiro na bolsa. Para os que gostam de acompanhar o noticiário econômico, é possível se cadastrar em uma corretora de valores e negociar diretamente com a Bovespa.
Existem dois tipos de ações: preferenciais (PN) e ordinárias (ON). A principal diferença é que as PN não dão direito à voto no board da empresa, mas tem um retorno maior na divisão de lucros.
É preciso lembrar que o direito ao voto é proporcional ao número de ações que você possui, ou seja, se você não tiver um bom número de ações da mesma empresa e não tiver interesse em tomar decisões estratégicas, seu voto não irá servir para muita coisa. Além disso, as ações PN são mais fáceis de comprar e vender.
Concluindo
Agora que você já viu os melhores investimentos, é necessário analisar o seu perfil como investidor, quanto você tem para investir mensalmente, e qual a idade dos seus filhos, para tomar uma melhor decisão.
Independente da sua escolha, faça seu controle financeiro desde já, pesquise bastante e busque por orientação de um profissional para evitar erros.